Medições realizadas no Uruguai no ano passado mostram que apenas 1,6% dos maiores de 15 anos era analfabeto, conforme o relatório «Realizações e Nível Educativo alcançados pela população», apresentado esta quarta-feira pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC). Destaca-se, também, a boa participação no sistema educativo dos jovens da faixa social menos favorecida.

O MEC apresentou, por quarto ano consecutivo, um estudo cujos dados decorrem do processamento da Pesquisa Contínua de Domicílios de 2013. O trabalho permite observar a evolução de determinadas variáveis, tais como o nível de analfabetismo no país, a cobertura educacional e a culminação das diferentes etapas da educação.

A taxa de analfabetismo continuou diminuindo de maneira constante e consistente. Em 2013, apenas 1,2% das pessoas na faixa etária de 15 a 49 anos informou não saber ler nem escrever, enquanto que no grupo de 65 anos ou mais esse indicador aumenta para 3,5%.

Assim, o Uruguai se coloca entre os países com menos analfabetismo da América do Sul, com 7,6% de analfabetismo do total da população, e do mundo, com 17,9%.

No referente à cobertura; isto é, o grau de acesso ao sistema educativo da população, o relatório mostra que a cobertura é quase total em crianças de 5 anos (98,6%), e em crianças de 12 e 13 anos (97,8% e 95,75%, respectivamente).

O ministro de Educação e Cultura, Ricardo Ehrlich, salientou a diminuição da diferencia no referente à cobertura entre as crianças mais pobres e as mais ricas.

Entre 2006 e 2013, as crianças de 3, 4 e 5 anos de idade, pertencentes aos domicílios mais pobres, aumentaram sua participação no sistema educativo em 12,4%, 16,9% e 4,7%, respectivamente.

Para o caso dos jovens entre 14 e 17 anos o aumento na participação foi de 2,9%, 8,4% e 6,2%.

Com relação à diminuição da diferencia educacional, Ehrlich destacou o aumento produzido no ensino superior/técnico, que chegou a formar 9.300 estudantes, sendo que 50% deles provem de famílias que não tiveram acesso ao ensino superior/técnico.

A culminação do ensino fundamental entre jovens de 14 e 15 anos vem crescendo desde 2008, mantendo-se em 97,1% em 2013. Também se registrou um aumento na culminação do ensino fundamental, entre jovens de 17 e 18 anos, e do ensino médio, entre jovens de 21 e 22 anos.

A partir destes resultados, o relatório planteia como desafios continuar trabalhando na diminuição do analfabetismo nas áreas rurais- 2,7% da população não sabe ler nem escrever-, aumentar a cobertura educativa em maiores de 15 anos e diminuir a porcentagem de jovens entre 15 e 20 anos que não estudam nem trabalham.

Fonte: Presidência