Os EUA confirmaram nesta quarta-feira a abertura de seu mercado para os cítricos uruguaios. A medida permitirá ao Uruguai exportar aproximadamente 20 milhões de dólares anuais (45 milhões de reais). Esta medida não só beneficiará cerca de 15 mil trabalhadores desta indústria, como também promoverá um importante número de postos de trabalho indiretamente relacionados com o setor.
A partir do próximo dia 9 de agosto, após a conclusão de certas tarefas de coordenação e de logística entre ambos os países, todas as variedades de cítricos uruguaios chegarão ao mercado norte-americano, informou Julissa Reynoso, embaixadora dos Estados Unidos no Uruguai.
A fruta cítrica será exportada aos EUA com a marca país
A fruta cítrica será exportada a partir de agora com a marca país Uruguai Natural, após a assinatura de um convênio entre o Ministério de Turismo e o Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP, na sua sigla em espanhol).
A iniciativa, que exige um protocolo e uma certificação da produção, agregando valor ao produto, foi uma das condições impostas pelos EUA para permitirem a entrada dos cítricos uruguaios.
Durante a assinatura do acordo com o Ministério de Turismo, o ministro do MGAP, Tabaré Aguerre, disse que “a marca país, hoje uma política de Estado, visa a construir um bem público a partir do qual os diferentes atores da sociedade desenvolvem suas atividades”.
O ministro também informou que a partir deste trampolim será possível “desenvolver atividades que nos darão eficiência, competitividade e inserção internacional”.
Depois de recordar que o Uruguai exporta 75% da sua produção de laranjas, o ministro do MGAP acrescentou que a marca país “não é uma política comercial, mas uma estratégia de agroespecialização, buscando diferenciar nossos produtos e colocá-los no nicho mais alto de preços”.
“O Uruguai tem a oportunidade de se diferenciar mundialmente pela qualidade dos seus produtos”, afirmou o ministro Aguerre. Porém, advertiu que “para diferenciar hoje, é preciso identificar, e para isto, é essencial ter uma marca”.
O ministro também lembrou que quando promoveu a colocação do rótulo Uruguai Natural nas garrafas certificadas pelo Instituto Nacional de Vitivinicultura (Inavi), “estávamos nomeando os bons vinhos uruguaios como embaixadores emblemáticos, por serem o único produto que chega à mesa do consumidor”, como o azeite de oliva e agora as laranjas.