Um projeto do Instituto Pasteur de Montevidéu e da Universidade de Seul permitirá conhecer a composição do genoma dos uruguaios e estudar quais doenças afetam a população. A iniciativa conta com o apoio do BID.

O Instituto Pasteur de Montevidéu e a Universidade Nacional de Seul (Coreia) acordaram trabalhar juntos no projeto denominado Urugenomes, que permitirá decifrar a composição do genoma dos uruguaios com o objetivo de conhecer sua incidência em doenças que afetam à população.

Assim, o Uruguai poderá assumir uma posição de vanguarda quanto à medicina baseada na análise do DNA e adquirir capacidades básicas para a constituição de um novo setor de exportação de serviços genômicos. Os detalhes do projeto foram anunciados na sede do Instituto Pasteur em Montevidéu.

Na órbita do projeto Urugenomes, liderado pelo cientista Hugo Naya, trabalha-se no desenvolvimento da capacidade local para a análise de sequências genômicas humanas, tanto na pesquisa quanto no apoio à medicina genômica e ao desenvolvimento científico de novos produtos e tecnologias. Como resultado, serão criadas novas empresas e laboratórios de serviços com um claro enfoque na exportação de serviços genômicos, que, por sua vez, terá um impacto socioeconômico positivo e gerará um aumento na competitividade internacional do país no setor de serviços globais.

História do sequenciamento do genoma humano

A página web do Urugenome menciona que as tecnologias de sequenciamento e de análise bioinformática têm avançado muito nos últimos 10 anos. Afirma, também, que «é possível determinar o genoma humano por US$ 1.000».

As tecnologias de sequenciamento massivo (NGS) estão disponíveis no mercado desde 2004 e possibilitaram avançar na obtenção de informação genética tanto quantitativa como qualitativamente. O primeiro genoma humano foi decifrado depois de 15 anos de trabalho colaborativo entre várias instituições de pesquisa da China, França, Alemanha, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, empresas e mais de US$ 3.000 milhões de dólares de investimento.

El Instituto Pasteur coordinará el desarrollo del genoma uruguayo