Desde dezembro de 2011, está sendo implementado o denominado “lacre eletrônico”. Trata-se de um lacre que se coloca nos contêineres e nas cargas lonadas para todos os caminhões que entrarem no Uruguai, permitindo, com isto, um controle via satélite da rota feita pelos diferentes carregamentos dentro do território nacional.
Esta inovação vem dando ótimos resultados e está consolidando o Uruguai como “um país de trânsito seguro” e como um “hub logístico” para a região, disse Canon, Diretor Nacional de Aduanas.
Isto não é um dado menor, quando se considera que, há quatro anos, o movimento de contêineres no Porto de Montevidéu vem aumentando.
De dezembro de 2011 a janeiro deste ano, foram colocados 31.246 lacres eletrônicos em contêineres e 1.057 em cargas lonadas, segundo cifras da Direção Nacional de Aduanas (DNA). Para Canon, a principal vantagem do lacre eletrônico é que “permite garantir a rastreabilidade das cargas” para as empresas que escolhem o Uruguai como centro logístico para armazená-las e depois distribuí-las para países da região, como Brasil, Chile e Paraguai.
Atualmente no Uruguai existem três empresas que comercializam os lacres eletrônicos: Bidafox, Easy Mail e Lo Jack, que são associadas à Câmara de Lacres Eletrônicos do Uruguai (Capreu), criada recentemente.
O vice-presidente da Capreu e um dos diretores da Bidafox, Carlos Baladón, garantiu que o Uruguai está se convertendo no primeiro país capaz de monitorar por satélite todos os trânsitos em pontos “marítimos, secos e aéreos”.
A importância do lacre eletrônico também é uma preocupação para o Mercosul. Devido a isto, a empresa Bidafox, de Baladón, recebeu pedidos do produto por parte do Chile, do Brasil e do Paraguai.
O empresário adiantou que a empresa venderá lacres ao Paraguai e ao Brasil, neste ano, e ao Chile no ano que vem.
Canon está convencido de que a implementação do lacre eletrônico é um dos grandes passos dados pelo Uruguai para sua consolidação como o hub logístico da região.