Na escolaridade média esperada não houve mudanças com relação a 2013

O Uruguai avançou duas posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que apresentou ontem o Relatório Anual 2014 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O país passou da posição 52, na medição de 2013, à posição 50 este ano, em um ranking de 187 países. O Uruguai também lidera na classificação de países com alto desenvolvimento humano, ainda que na região continue sendo superado pela Argentina (49) e o Chile (41), ambos os países localizados na região de desenvolvimento humano muito alto. O avanço do Uruguai na medição explica-se, basicamente, pela melhoria em um subíndice do IDH ligado à evolução da economia. Especificamente, na medição deste ano, o Uruguai fechou com uma renda neta per capita de US$ 18.108, enquanto em 2013 foi de US$ 13.333.

No entanto, nos restantes subíndices, o país não mostrou mudanças com respeito à medição anterior. A esperança de vida ao nascer manteve-se inalterada em 77, 2 anos, ao igual que a média de anos de escolaridade (5,5) e os anos esperados de escolaridade (15,5). De qualquer jeito, a tendência da evolução do IDH entre 1980 e 2013 mostra uma melhoria constante deste indicador para o Uruguai.

De acordo com o resumo divulgado ontem pelo PNUD, o grau de desenvolvimento humano continua aumentando em nível global, “embora em todas as regiões do planeta o ritmo de crescimento tenha diminuído e o progresso tenha sido sumamente irregular”.

Nesse sentido, apesar das conquistas obtidas globalmente em matéria de desenvolvimento humano, em todas as regiões a taxa de crescimento foi menor no período compreendido entre 2008 e 2013, se comparada com a do período de 2000 a 2008. Na Ásia e a região do Pacífico, nos Estados Árabes e na América Latina e o Caribe, a média da taxa de crescimento anual do IDH caiu 50%, aproximadamente, se comparada com ambos os períodos. Além disso, a desigualdade na renda tem aumentado em várias regiões, também entre os países com desenvolvimento humano muito alto. “Apesar de registrar a maior queda na desigualdade geral durante este ano, a região da América Latina e o Caribe mantém a cota mais alta do mundo em relação à desigualdade da renda”, apontou o PNUD.