Durante o evento Uruguay Encendido (Uruguai Aceso, na sua tradução ao português), no final de semana, no hotel Sofitel, onde foi realizado o primeiro encontro, uma iniciativa da Presidência da República para que os especialistas internacionais visitassem o país e, a partir de suas áreas de especialização, ajudassem na reflexão sobre a situação do Uruguai. Naquela oportunidade, seis especialistas da Universidade Singularity contaram como a tecnologia transformará a nossa vida em dez anos.

Uma das frases que ecoou “O futuro está aqui, mas distribuído de maneira desigual”.

“Devemos felicitar o Uruguai por sua corajosa experiência”. “Nunca antes na história da humanidade, em nenhum lugar do mundo, uma geração inteira de crianças foi tecnologicamente instruída”, disse Vivek Wadhwa, vice-presidente da Singularity University e ex-professor das universidades de Harvard e Berkeley.

Para Wadhwa, o Plano Ceibal é uma das formas de solucionar um dos grandes problemas da humanidade: a educação.

“Uma das coisas que ensinamos na Singularity é que em tecnologia se leva um tempo para obter resultados exponenciais, mas esses resultados se conseguem”, afirma. “No início as pessoas se decepcionam porque nada acontece, mas depois se deslumbram”.

Para Wadhwa esse será o caso do Uruguai, que além dos laptop XO, também possui um nível de acesso à Internet que, para o acadêmico, é admirável e promissor.

“Quando estas crianças crescerem serão diferentes. Já são mais inteligentes que seus pais e os desafiam, e já sabem onde devem buscar o conhecimento”, diz. Depois vaticina que as crianças do Ceibal serão mais tecnologicamente instruídas que o Silicon Valley.

“Vocês acham que são um país de granjeiros”, declara. “Mas, o Uruguai tem o poder para liderar a inovação”.